Com a assinatura do acordo de fusão entre entre Arezzo&Co e Grupo Soma, o maior nos últimos dez anos, estamos presenciando o surgimento do que pode se tornar a maior empresa de moda da América Latina, que promete transformar o cenário da moda, capitalizando em cima de sinergias que podem impulsionar a nova empresa a níveis globais.
Estamos falando de um portfólio de produtos com alto índice de complementariedade, abrangente em torno de 34 marcas que vão desde calçados até vestuário feminino.
Com a fusão, que começou a ser gestada a pouco mais de 3 anos, o mercado da moda vê surgir uma empresa capaz de atender a diversos segmentos do mercado da moda. Uma diversificação desta magnitude pode ser um grande diferencial competitivo, mas que traz atrelado o desafio de gerir tão ampla gama de produtos de forma eficiente.
Uma outra sinergia identificada decorrerá da otimização do parque industrial decorrente da consolidação das fábricas e centros de distribuição das duas Companhias e que detêm o potencial de gerar eficiência operacional e redução de custos, porém a integração dessas operações no pós-closing poderá gerar obstáculos logísticos e organizacionais que deverão ser devidamente endereçados pelos Executivos da nova companhia.
Um outro ponto que não podemos deixar de observar, será a sinergia que se espera obter em decorrência da expertise específica de cada empresa, que se bem explorada pode impulsionar grandes inovações para o mercado da moda.
Tanto a Arezzo&Co, quanto o Grupo Soma, a primeira focada no mercado de calçados e assessórios, a segunda, em vestuário feminino e lifestyle, trazem para a mesa uma combinação de competências pode resultar em produtos únicos, mas também pode gerar desafios na gestão de diferentes linhas de negócio e na manutenção da identidade de cada marca.
Por fim, podemos pontuar que a fusão da Arezzo&Co com o Grupo Soma traz sinergias que, se bem exploradas podem levar a nova companhia a voos globais, o que inclusive é uma das premissas apontadas pelos respectivos executivos. Entendemos, que é imperativo que os executivos da nova companhia estejam atentos aos desafios inerentes à integração, à gestão do vasto portfólio e à expansão internacional. O caminho para o sucesso está pavimentado, mas a jornada exigirá visão estratégica e agilidade na resolução de obstáculos.